DICAS

Multivitamínico.
Devo tomar?

Dr. André Luiz Maynart®, Endocrinologia, Brasil

15 Janeiro 2018

Poli e multivitamínicos estão presentes no mercado já há algum tempo, mas é notável o crescimento de produtos e marcas que ocupam as prateleiras de farmácias, lojas de produtos naturais e até de alguns supermercados.

Definitivamente isso mostra uma tendência no comportamento das pessoas: hoje elas preferem se prevenir através de vitaminas e minerais do que recorrer aos fármacos. Deste ponto de vista, esse cenário pode até ser considerado positivo, no entanto, apesar de serem substâncias mais inofensivas do que as drogas farmacêuticas, a automedicação – independente do composto – não é o melhor caminho.

Sim, eu sei que se você reservou um tempo para ler este texto deve esperar uma solução concreta, uma receita quase pronta, mas, infelizmente, quando falamos de individualidade biológica, não existe espaço para “do it yourself”. É por isso que ingerir vitaminas sem de fato conhecer as suas necessidades e, principalmente, saber como as substâncias reagem no nosso organismo, é – na melhor das hipóteses – desperdício de dinheiro.

Nem poli, nem multi. Combinados de vitaminas que são vendidos prontos nas prateleiras não são boas soluções para nenhum caso. Os motivos são muitos, mas vamos destacar os três principais: 1- É possível que  o seu organismo não esteja com carência de todas as substâncias presentes nestes compostos combinados, ou seja, seu corpo não as utilizará; 2- Muitas vitaminas precisam de outros nutrientes para serem absorvidas corretamente; 3- Por último, a quantidade contida nestes produtos é quase sempre uma subdose.

Ainda assim, hoje você consegue encontrar algumas vitaminas isoladas, como é o caso da Vitamina D. A grande questão é que, além dela ser melhor absorvida em forma de óleo, a quantidade a ser ingerida depende muito da sua necessidade individual e para descobrir isso, só com uma avaliação adequada.

Se você acredita que a prevenção feita através de meios mais naturais é a melhor saída, então você já está no caminho certo. Mas para que o tratamento seja assertivo, é preciso de uma prescrição profissional.

Quer receber nossos novas matérias antes de serem publicadas? Inscreva-se.